O que é preciso para que um hotel boutique charmoso se destaque ainda mais aos olhos dos visitantes? Se você pensou em um projeto arquitetônico ousado, acertou. Afinal, boa localização, gastronomia de primeira, menu de experiências completinho e serviço impecável já estão garantidos. A seguir, confira alguns hotéis na América do Sul que se destacam no quesito arquitetura e design.
Casa de Uco Vineyards & Wine Hotel
Localizado em Mendoza, na Argentina, o hotel que já é queridinho de muitos brasileiros inaugurou a pouco a sua casa privativa. Chamada Casa Paucho, ela foi construída com o objetivo de proporcionar aos hóspedes uma maior privacidade. Ela está localizada a apenas 300 metros de distância do prédio principal da Casa de Uco Vineyards & Wine Hotel e tem a melhor vista da Cordilheira dos Andes cercada por vinhedos e uma natureza exuberante com flora nativa e pés de lavanda e alecrim e conforta até 6 hóspedes que podem desfrutar dos melhores vinhos do mundo em meio à uma paisagem paradisíaca de forma mais intimista.
O ambiente tem um estilo arquitetônico cheio de personalidade e assim como os outros espaços do terreno. A Casa possui piscina, adega própria com vinhos de Finca Paucho, telhado privativo com banheira de hidromassagem, churrasqueira e estacionamento. A Casa Paucho também conta com uma cozinha totalmente equipada, mas é possível solicitar um chefe exclusivo para fazer as refeições.
Termas Chillán
Depois de uma reforma completa em 2019 o hotel localizado aos pés das montanhas de Chillán, no Chile, reinaugurou recentemente exibindo um projeto arquitetônico surpreendente. O hotel possui ambientes extremamente acolhedores, fazendo uso de muita madeira e trazendo a natureza para dentro do prédio. Tudo isso seguindo diretrizes de sustentabilidade, é claro, com ações devidamente planejadas para atuar com respeito e harmonia à natureza e a sociedade local. Todas as árvores presentes na decoração, por exemplo, já estavam caídas e foram reaproveitadas pelo projeto do hotel.
A morfologia das pedras e montanhas também foram trazidas para dentro. O formato das pedras serviu de inspiração para o mobiliário da recepção, dos banheiros e do buffet. Já a ideia de que por entre as montanhas é possível encontrar lagoas escondidas serviu de referência para toda a construção do SPA, sinuoso e com bastante água por todos os lados. Inclusive as fissuras das paredes foram propositalmente feitas em referência aos típicos musgos dos paredões montanhosos. Nos banheiros de cada quarto foram colocadas imagens diferentes criadas por artistas plásticos chilenos registrando as quatro estações do ano e convidando o hóspede a se sentir inserido no ambiente.
Falando em decoração, vale ressaltar o fato de que foram usadas peças de artesanato local e materiais produzidos na região, valorizando assim a comunidade onde o hotel está inserido. Algumas técnicas de tecelagem tipicamente chilenas foram resgatadas para criar os ambientes e seus detalhes. O resultado é uma atmosfera muito acolhedora e intimista que encanta.
Las Majadas de Pirque
A estratégia do projeto arquitetônico na reforma do hotel Las Majadas de Pirque, localizado no Vale del Maipo, no Chile, se baseou na interação entre arquitetura e paisagem. O objetivo principal foi converter um espaço com forte carga histórica que data do início do século XX, em um local moderno e de socialização. Ali passado e presente convivem, já que de um lado temos um palácio construído no estilo renascentista francês de 1905; E de outro um prédio moderno que abriga as 50 acomodações completíssimas do hotel. Entre eles um bosque desenhado por Guillermo Renner em 1909 com mais de 8 hectares, com muitas espécies nativas, como exemplo: prumos centenários, araucárias, cedros do Líbano, sequoias, fênix, ciprestes, tílias, bananeiras orientais, carvalhos, magnólias e olmos, entre outros.
Vale ressaltar que para que o local se transformasse nesse espaço incrível que abriga o charmoso hotel boutique Las Majadas, foram impostas quatro condições ao projeto: não tocar em nenhuma árvore; construir o prédio do hotel na parte mais degradada do terreno, completando e fechando o percurso circular do parque original; que a cobertura ficasse abaixo do nível do porão do palácio; que fossem utilizados poucos materiais. Para cumprir esse último requisito foram utilizadas madeiras de árvores que já haviam caído naturalmente do parque e sobras de piso do palácio que não poderiam ser reaproveitadas de melhor maneira que decorando toda a parte externa do prédio do hotel.
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